terça-feira, 15 de maio de 2012

Óculos amarelo

...caminhando sozinho
encontro o escuro
uma barreira

Acordo por um instante
mas o sono persegue
tento desvincilhar

Coloco meus óculos amarelo



Pupila dilata
Sinais vibrantes
Cores
Vida

Percebo o que quero
Mudo o que é preciso
Vivo não como se deve viver
Todas as cores filtradas pelo amarelo

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Nó de sol

Sendo o nó
Seguindo só
Por uma estrada
De sol em só
Onde a dor do nó
Um grito escapa
Seguindo só
Atrás do nó
De só em sol
Errada...

quarta-feira, 28 de março de 2012

SEGUNDA CHANCE




Um dia, só mais um dia, talvez nem isso
não há o que dizer como alento,
como fazer o que é preciso,
nem tempo

Ninguém sabe,
mas dizem que não, tão certo
que, convencido, aceitei o pouco
como melhor que o tudo incerto

Antes me achassem louco
por rejeitar o padrão, o exemplo
do que viver num caixão
tanto tempo

Vaguei desolado, buscando um sentido
anos tentando suprir meu anseio
Navio ancorado, esperando iludido
o vento propício que nunca veio

Agarrado aos destroços dum sonho proscrito
naufraguei no cais bem lento
Dias ao vento, como se fosse infinito
meu tempo

Agora já sem ter escolha
percebo a tremenda ironia
rumando ao meu último instante
entendo o que eu nunca entendia

Não vi que bem ao meu alcance,
em cada fugaz momento
havia uma segunda chance
todo esse tempo

quarta-feira, 14 de março de 2012

Prazer, sou o WilL





Queria usar apenas “Nuwanda” mas, como era de se esperar, outro cara tão pouco criativo quanto eu já tinha pegado esse nome (dãããã, muito original você, só por causa do Sociedade dos Poetas Mortos... shame on you!)

Enfim, devido a uma atroz fatalidade (para eles) conheci o Jhow e a Pauline em sua última viagem ao Rio. Durante sua breve estada não aconteceu de eles perderem o caminho entrando por engano no último bastião do tráfico, nem de serem sequestrados por milicianos sanguinários. Não, eles tiveram o infortúnio pior de atrair minha atenção com sua inteligência bem acima da média e seus textos pretenciosos e desprovidos de qualquer ortodoxia. Como compartilho de semelhante deficiência para apreciar e produzir textos convencionais, acabei concluindo que eles são os melhores escritores que conheço pessoalmente (suspeito que isso se deve a alguma anomalia genética familiar ainda não corretamente identificada pela ciência).

Sob o efeito de viciantes e ilícitos acordes musicais alucinógenos (fornecidos ilegalmente a mim por uma pessoa cujo nome não revelarei para que não me seja cortado seu suprimento regular) li vários dos seus textos, chegando finalmente à aterradora e inevitável conclusão de que, talvez, eu também pudesse ser um ‘psychotic writer ‘ (psicótico tenho certeza absoluta que sou, agora escritor... vamos ver).

Tendo o conforto de saber que ninguém poderá me acusar de ser o causador do ocaso deste projeto e escondido sob pseudônimos garbosos e abstrusos, pronta e corajosamente (sic) aventuro-me nestes mares desconhecidos, fazendo esta única promessa preemptiva: sempre ser ambíguo e nunca, sob nenhuma hipótese, explicar o que quis dizer.

Sobre mim...
Interesses:
  • Línguas sintéticas ou mortas que soem bem;
  • História da Segunda Guerra Mundial;
  • Eletrônica;
  • Física (quântica também, mas Einstein estava certo, Deus não joga dados);
  • Teoria Geral da Relatividade (ainda tentando descobrir uma maneira de vencer a barreira da inércia infinita antes de alcançar a velocidade da luz que inviabiliza a viagem no tempo);
  • Shakespeare;
  • Bombas atômicas, radioatividade e seus efeitos – provavelmente consequência de ver o filme “The Day After” antes da adolescência (viram porque devem tomar cuidado com o que seus filhos assistem na televisão?);
  • Teorias exclusivas e absurdamente coerentes (ou não) que expliquem o contrário do que todos entenderam de um filme (coisa de “só eu, o diretor e talvez mais duas pessoas no mundo entendemos realmente, sabe?”)
Hobbies:
  • Uso excessivo de parêntesis, vírgulas, pontos de exclamação e conjunções;
  • Estudo e execução de instrumentos musicais que causem o maior desconforto e irritação, no maior raio possível e para o maior número de pessoas, sem o auxílio de dispositivos eletrônicos.

Projeto atual:
  • Aprender gaita de foles.

“Damn it Neil, the name is Nuwanda!”

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O amor está superestimado


Amor, amor... amor!
Todos os dias, em todas as falas
Por quê? Não sei.

Estou triste, estou cansado.
Estou feliz...
Desesperado!

Assim vive a humanidade
Em busca de um amor
que o sentido não se tem.
Não se Sabe.

Superestimamos algo ao que todos chamam de amor.
Eu, de egoísmo. Ele, de dor

Morra desejo infame, cruel e sádico.
Pois nem todos que o desejam tem.
Nem todos que tem, merecem.

Por que o amor... Ah o amor!
Não é um prêmio.
É um presente.

Por isso que não adianta correr atrás.
De tanto o superestimar,
Ele se torna apenas algo fútil.
Algo que jamais serás capaz.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Apenas uma questão de amor...

'Tudo conspira a teu favor

Sempre serei teu, meu amor'

- Bobagens passageiras,

Por fim notei que estava jogado

Simplesmente largado às eiras


O Amor é algo interessante

Se te amo, sou teu amante

Se tu me amas, então serei teu escravo

Perdendo completamente meu sentido

Estando eternamente errado


Pra quê? Tente responder

Não quero resgatar nosso amor

Apenas tentar entender, compreender...

... esquecer


Ninguém jamais entenderá o singnificado do amor

Porque ele não explica, apenas é

Como um barco sem âncora

Ele apenas vai te levando...

Apenas te levando!

domingo, 6 de março de 2011

Lei de Lavoisier

Na Natureza nada se cria, nada se perde...
...Tudo se transforma!